Por: Clériston Barbosa
Durante as duas últimas
décadas muito tem se falado, conquistado e aprendido sobre nós jovens, enquanto
indivíduos de direitos. Dentre os aprendizados, o mais importante talvez, seja
de que fazemos parte de um todo maior, de uma coletividade, geralmente
representada por grupos e organizações juvenis, formais e informais, das mais
diversas formas e atuações. Alguns trabalhando a própria temática, outros
trabalhando diversas outras temáticas proporcionais à sociedade e ao mundo, ou
ao espaço onde vivem, como um todo.
A esses grupos de indivíduos
e organizações juvenis damos o nome de movimento sócio juvenil. Esse movimento
juvenil nem sempre se reconhece como tal, e nem sempre se une para trabalhar em
conjunto, unindo forças, para transformar realidades, quer sejam da própria
juventude, quer sejam da sociedade e do espaço onde vivem. Isto talvez se deva
a vários motivos, um deles uma fraqueza interna entre o movimento jovem, que
vem se dividindo em outros movimentos que acabam ganhando mais expressão e voz,
a exemplo do movimento estudantil, comunitário e religioso. Outro motivo talvez
seja a falta de reconhecimento como de apoio ao fortalecimento do movimento
como um todo, por parte do poder público e sociedade.
Uma das formas mais bem
sucedidas de agrupar o movimento juvenil têm sido os setores populares – Fóruns
de Debates – específicos, onde a juventude possa estar se encontrando e
debatendo sua própria agenda de propostas, a fim de que se possa construir um
Plano de Ação para a Juventude, e para com o poder público e a sociedade em
geral, através da conquista de espaços, seja no parlamento ou no poder
executivo. Mais bem sucedidas, pelo fato destes setores geralmente compostos e
geridos pelo próprio movimento juvenil, o que os dá imprescindíveis
legitimidade e enraizamento.
Mais o que é um Fórum de Debate Juvenil? De acordo com o Dicionario Aurélio, fórum é uma palavra originada do latim foru, o que quer dizer. “1 – Praça pública na antiga Roma”, “2 – Local de debates, ou reuniões para o mesmo fim”, e “3 – Centro de múltiplas atividades”.
Essas definições esclarecem
o que vem a ser estes setores populares, um espaço múltiplo onde podemos se
reunir para discutir sobre diferentes assuntos por meio de debates temáticos,
criação de agendas e pautas de discussão, articulação política, social,
cultural, esportiva e econômica; propostas e organizações de atividades
coletivas, sempre com um objetivo. Tais objetivos ligados tanto as questões
internas da juventude, voltadas para o fortalecimento do próprio movimento,
como para questões externas aos jovens, referentes à sociedade e ao espaço onde
vivem.
Os setores jovens também
podem se configurar de diferentes formatos. Alguns são compostos por indivíduos,
outros por grupos e organizações juvenis e outros são mistos, sendo compostos
tanto por indivíduos quanto por organizações. Somente a união de toda a
sociedade será o norte, a fim de que possamos, através de muita discussão e
debate, traçarmos metas e propostas, construindo de forma coletiva uma proposta
de Plano Municipal para a Juventude de Estância.
O movimento JPE – Juventude Positiva
de Estância nasce como um grupo de jovens dispostos a se mobilizarem e lutarem
pelos princípios que norteiam a juventude estanciana, através de articulação e
mobilização dos jovens e seus diversos segmentos.